Olá caros leitores! Infelizmente não estou tão presente no blog como eu queria mas tudo por motivos profissionais que estão consumindo grande parte do meu tempo.Entretanto hoje resolvi separar alguns minutos para escrever sobre o tema da praticabilidade dos conteúdos trabalhados nas faculdades.Para quem ainda não sabe, sou pedagoga, e tenho especialização em educação especial.Desde o início do curso questionava várias leituras que não conseguia fazer uma relação com a realidade e nessa fase ainda nem tinha contato com sala de aula.
Dois anos após o início do curso, comecei a estagiar em uma escola com método Montessoriano, particularmente é uma metodologia que me encantou e via nas palestras que tínhamos sobre a Maria Montessori a praticabilidade na sala de aula.Tem alguns pontos dessa filosofia que questiono mas deixarei para uma próxima postagem.
Esta semana, fui questionada sobre o autor Paulo Freire e suas ideias que esta pessoa dizia ser utópica, alguns dias depois, já assistindo aula no curso de pós graduação, ouvi da professora esta mesma inquietação.Não é de hoje que leio Paulo Freire que é o clássico da pedagogia mas alguns pontos que me fazem questionar se é possível colocar em prática esta teoria estudada, como no livro a Pedagogia do Oprimido, temos por exemplo, que o conteúdos curriculares devem ser construídos a partir de uma investigação realizada com os alunos, objetivando a captação dos temas geradores e assim conseguiríamos organizar a grade curricular.
Infelizmente a estrutura da sociedade faz com que a escola seja uma instituição reprodutora da ideologia da classe dominante, e provavelmente, caso eu queira praticar tais ideias, irei sofrer algum tipo de sanção por estar fugindo dos padrões que são impostos.Outro ponto a ser levantado, é que o professor que para sobreviver, precisa trabalhar em várias escolas, então, se cada escola ele tivesse que fazer tal organização curricular, provavelmente ficaria sobrecarregado.
Podemos sim ajudar a minimizar as diferenças entre os dominados e dominantes mas não acredito que chegaremos a certos pontos que autores como Paulo Freire nos coloca, porque a ação pedagógica também é um ato político, e assim envolve outros fatores que não depende só dos profissionais que trabalham na escola.
Desejo um excelente final de semana!