segunda-feira, 23 de setembro de 2013

O Mito da Alma Gêmea, ou Andrógynos



O Mito da Alma Gêmea explicado por Platão, em O Banquete. 
Para quem não conhece este mito, fizemos uma pequena história  para apresentar uma de suas versões. Esperamos que gostem...



MITO DA ALMA GÊMEA, ou MITO DOS ANDRÓGYNOS (POR PLATÃO)

       


Dizem que há muito tempo atrás, na época da História Antiga enquanto a terra ainda era governada por deuses, os humanos possuíam forma física diferente da atualidade. Eles eram chamados de Andrógynos (Andros= homem, Gynos= mulher) possuíam duas cabeças, quatro pernas e quatro mãos, em outras palavras, eram completos.


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Os humanos se sentiam tão completos e invencíveis que acreditaram que poderiam lutar contra os deuses, resolveram então subir ate o templo dos deuses. Quando Zeus (o Deus mais poderoso do olimpo) soube do ataque, atirou seus raios sobre toda a humanidade, dividindo cada um ao meio, e cada metade ao cair sobre a terra, perdeu-se de seu par.



 http://zephar.galeon.com/zeus.html


 
 http://gabrielmachado.wordpress.com









Desde então os seres humanos, além de irem em busca de sabedoria, trabalho, conhecimento, partem também na busca pela sua "Alma Gêmea", isto é, a pessoa que trará de volta, não somente, suas duas pernas, seus dois braços, sua outra cabeça mas, principalmente, a outra parte do seu coração.


http://www.festas.colorir.com/


Assim, acredita-se que quando encontramos nossa "Alma Gêmea" nos sentimos novamente completos, voltamos a ser Andrógynos.


http://www.barbie.blog.br

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Educação Especial e Inclusão Escolar: Para quem? Para que?

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Para tentarmos compreender um pouco sobre os discursos da Inclusão Escolar, ou mesmo a Educação Especial, estamos postando aqui uma pequena pesquisa feita sobre este assunto. Espero que gostem e comentem, mas se não gostarem podem comentar também.


Educação Especial e Inclusão Escolar: Para quem? Para que?

Atualmente muito se ouve falar sobre os termos Educação Especial e Inclusão, termo este que em sua maioria o associamos a imagem das escolas. É bom ressaltarmos que estas expressões não começaram a gerar discussões somente no século XXI, ou final do século passado. Na verdade existem estudiosos que apontam que a discussão que gira em torno destes dois termos aparece desde o século XVI.
 Segundo, estudos da psicóloga e especialista na área de educação especial, Enicéia Mendes (2006), durante o século XVI, e com os avanços da medicina, muitos estudiosos da área da saúde acreditavam que os deficientes- físicos, visuais, auditivos, mentais, dentre outros- poderiam ser “curados” se se submetessem a tratamentos especializados juntamente com os seus semelhantes. Em vista disso, criaram-se asilos e manicômios, tudo para atender, tratar e proteger os, ate então, “anormais” da sociedade.
Com os anos se passando, mais estudos sendo realizados, a área da saúde adotando outros mecanismos de avaliação e tratamento dos “anormais”, e o interesse de pesquisadores da área da educação, foram sendo criados institutos especializados para a formação dos deficientes. Esta ideia de formação dos deficientes se propaga mais rapidamente, após as duas grandes guerras mundiais e a influencia dos Estados Unidos em inserir seus Portadores de Necessidades Especiais (PNE) em ambientes escolares com sistema de ensino regular.
No Brasil, ainda é comum pensarmos que a Educação Especial deve ser apenas para sujeitos que possuem algum tipo de deficiência, ou mesmo que inclusão escolar é apenas inserir os portadores de necessidades especiais em uma escola regular, e ainda, somente fazer adaptações estruturais ou pedagógicas nas instituições escolares quando nestas são incorporados os PNE´s.
Então, para quem é direcionado a Educação Especial? Para que se falar em Inclusão Escolar? Estas são perguntas cujas respostas, na visão de estudiosos e especialistas da área de educação e da saúde, são simples: Os PNE´s possuem limitações e superações como qualquer outro sujeito dito “normal”, então a Educação Especial é para todos os alunos e cidadãos que queiram alcançar sua formação. Assim sendo, falar de Inclusão Escolar é falar que todos os envolvidos na educação- no caso, os diretores, professores, alunos, serventes e todos os demais do setor educacional- tem direitos, deveres e privilégios com relação ao sistema educacional.
De acordo com, o fonoaudiólogo, Carlos Skliar (1997) criou-se três concepções com relação aos sujeitos que compõem a Educação Especial:

“[..] ou se tem falado de especial porque se parte do princípio de que os sujeitos educativos- especiais, no sentido de deficientes- impõem uma restrição, um corte particular da educação, ou se tem falado de especial referindo-se ao fato de que as instituições escolares são particulares quanto a sua ideologia e arquitetura educativas- portanto, diferentes da educação geral-, ou, finalmente, tem-se falado de especial como sinônimo de educação menor, irrelevante e incompleta no duplo sentido possível, isto é, fazendo menção ao caráter menor e especial tanto do sujeito como das instituições.” (SKLIAR, 1997, P.10).
               
                Após a leitura do texto acima, que é de acordo com as concepções apontadas por Skliar, criou-se, há muito tempo, um padrão social homogêneo, ou mesmo nas próprias palavras do autor, um modelo econômico- político concêntrico, isto é, tal modelo não tolera a heterogeneidade social, não admite o “diferente” ou o “anormal”. Como podemos observar nas palavras do autor:

“Fica claro que a pretensão de definir os sujeitos com alguma deficiência como pessoas incompletas faz parte de uma concepção etnocêntrica do homem e da humanidade. [...] Então a homogeneidade humana é notícia, e a diversidade, inclusive a população especial, aparece sob forma de um assassinato, sob o rosto de uma pobreza que se sugere voluntária, da violação, etc.” (SKLIAR,1997,P.12).


            Assim sendo, se um indivíduo foge do padrão social idealizado, logo, para as concepções de muitos indivíduos ditos “normais”, este indivíduo possui uma diferença, vista como um fator negativo, que o limita socialmente. Pois para cada individuo “anormal” é fornecido à ele um rótulo, e este rótulo e estas concepções, mencionadas por Skliar, que acabam por excluir os indivíduos deficientes do convívio social e não suas limitações ou deficiências, como se é pensado. Partilhando desta mesma concepção, a especialista em educação especial, doutora Rita Magalhães declara:

“[...] é comum que não saibamos como lidar em situações sócias corriqueiras com pessoas que apresentem deficiências físicas ou mentais. Os receios e desconfianças estão impregnados em nosso imaginário e nascem no vácuo da ausência de informação sobre as diferenças e interação social com estas pessoas.” [..] “ O status social de deficiente faz recair sobre o indivíduo um olhar pejorativo que enfatiza suas dificuldades em detrimento de suas possibilidades de desenvolvimento e aprendizagem.” (MAGALHÃES,2002,P.22).

            Logo percebemos que tanto para Magalhães quanto para Skliar não há nenhuma relação entre deficiência e limites sociais, pois estes são impostos aos sujeitos “anormais” porque ainda temos a concepção que tais sujeitos são limitados, ou até mesmo pensamos que eles são incapazes de se desenvolverem nos aspectos físicos, mentais, sociais, intelectuais, dentre outros. Então adotar um modelo de educação especial  nas escolares regulares é traçar um caminho para a garantia de direitos e privilégios para todos os alunos e cidadãos, que almejam sua formação escolar, é, consequentemente, realizar a inclusão escolar de alunos dos “cantos” da Educação de Jovens e Adultos (EJA), da Educação Indígena, dentre outras denominações, isto é, a Educação Especial e a Inclusão Escolar é o rompimento de pensamentos de divisões ou subdivisões dentro do setor educacional. É a mudança de pensamentos e concepções adotadas durante a história de que os estudantes “normais” e integrantes das escolas regulares não precisam de atenção especial e qualidade educacional, também é a quebra de concepções de que basta inserir um aluno deficiente e instalar vias estruturas de acessibilidade nas escolas regulares que já esta realizada a inclusão escolar. Como podemos perceber nas palavras da doutora Rossana Ramos:

“Sabemos que a escola no Brasil já esta convencida, mesmo que por força da lei, de que deve receber crianças com deficiência. Contudo, ainda se praticam ações que não condizem com a verdadeira inclusão. A luta ainda esta longe de ser vencida. Isso porque a escola matriculou os deficientes, mas ainda tem dificuldade de lidar com as diferenças.” ( RAMOS,2010. P. 11).


            A afirmação de Rossana Ramos esta nítida, assim como as demais opiniões dos autores citados, isto é, percebemos que a discussão sobre quais os sujeitos que compõem a educação especial e como se deve a inclusão destes nas escolas regulares esta passando por um processo de alterações no conceito formador, ou seja, as ideias de que a educação especial e a inclusão social esta apenas para garantir a qualidade de escolarização apenas para os portadores de necessidades especiais esta equivocada, pois a sociedade não é homogênea e sim heterogênea porque nela existem pessoas com suas peculiaridades, especificidades, singularidades, especialidades e individualidades independentes de seus limites e deficiências.  Nas palavras de Enicéia Mendes:

“[...], o futuro da inclusão escolar em nosso país dependerá de um esforço coletivo, que obrigará a uma revisão na postura de pesquisadores, políticos, prestadores de serviços, familiares e indivíduos com necessidades educacionais especiais, para trabalhar numa meta comum, que seria de garantir uma educação de melhor qualidade para todos.” (MENDES, 2006, P.402).

            Conforme a citação acima, conclui-se que a Educação Especial é para todos! A Inclusão Escolar é para aqueles que estão rotulados como excluídos – tanto os alunos da EJA, quanto os alunos indígenas, os deficientes, dentre outros. Podemos entender que todos os sujeitos - estudantes tem suas singularidades que não são maiores, menores ou iguais, mas sim particulares e que por isso precisam de atenção e tratamento especial, não devendo excluir ou trabalhar sua escolarização separadamente, mas sim de forma integrada par o desenvolvimento conjunto. Então falar de educação especial é falar de inclusão escolar e social.

domingo, 8 de setembro de 2013

O papel dos educadores na aprendizagem de pessoas cegas ou com baixa visão

 

Será que os educadores estão aptos a incluir os alunos cegos ou com baixa visão? Cabe aos educadores adaptarem os recursos didáticos e assim como as metodologias no ensino desses discentes, pois não é por apresentarem deficiência visual que todos os indivíduos apresentam as mesmas características e dificuldades, ou seja, o aluno tem suas particularidades que devem ser respeitadas e consequentemente, este sujeito, deve ser estimulado adequadamente, visando o pleno desenvolvimento.

Um dos pontos apontados pelo autor Warren (1994) é a dificuldade que estas pessoas na formação de conceitos e que ocorrem em muitos casos, por não estarem imersos em uma formação educacional adequada, pois, notou-se que a linguagem oral, sendo que, o tátil que poderia ser uma maneira de trazer experiências sobre os conceitos, porém não é trabalhado devido uma lacuna no currículo durante a formação dos docentes dos alunos cegos.

No Brasil, a legislação ampara os deficientes a terem acesso adaptado a a educação dentro das escolas.Entretanto, a realidade é que uma lacuna na formação profissional dos indivíduos atuantes na sala de aula, e também, não podemos deixar de citar o preconceito por parte de alguns.Sendo desta maneira, o desenvolvimento das pessoas cegas ou com baixa visão fica prejudicado.Esta realidade precisa ser mudada , pois esses sujeitos, são capazes de ter um desenvolvimento cognitivo assim como dos alunos ditos "normais, e é papel do professor em mediar o ambiente de aprendizagem de maneira adaptada e adequada para a formação dos conceitos para os cegos ou indivíduos com baixa visão.