quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Adultização precoce




Infelizmente cada dia que passa, cresce o número de crianças que vivem uma vida de adulto. Trabalho há 3 anos entre educação infantil e ensino fundamental I, e já presenciei cada fato que me deixa frustrada e indignada. Ano passado, enquanto trabalhava com uma turma de educação infantil, uma garota, que tinha 3 anos, foi para o parque da escola, junto com seus colegas para desfrutar de um momento de lazer, um fato comum na rotina da escola.Nesse dia, esta menina veio correndo em minha direção e gritava muito, primeiramente pedi para que ela se acalmasse para que eu pudesse vir compreender o que estava passando, até que ela conseguiu expressar que queria sair daquele espaço porque estava “estragando” as suas unhas que ela havia feito no dia anterior no salão.Esta mesma criança, em um outro dia, já havia lutado para não fazer educação física, e ao ser indagada os motivos, a mesma afirmou que era para não suar e estragar a escova feita também nesse salão.
                Foi uma criança que tivemos que trabalhar ao longo do ano para minimizar os valores que estavam sendo transmitidos para ela em casa, entretanto ao ser informado para a família dos malefícios que estavam causando essa valorização da beleza, a mãe se frustrou e nos informou que ela só deixava porque notava a filha dela feliz. Esta mãe não percebeu que a criança adorava isso porque era uma das formas de se aproximar da mãe, ter um tempo com ela, mesmo que sejam algumas horas no salão, em alguns dias, esse era o contato mais próximo que elas tinham.
                Outro ponto que também é bastante delicado é a questão de acesso à internet e meios eletrônicos. Não estou aqui dizendo que a criança não deve usar, afinal vivemos a era digital, mas quero abordar a questão de horas dedicadas a estes aparelhos eletrônicos assim como o conteúdo acessado. Contando um pouco da minha experiência no ensino fundamental I, posso apontar a internet acessada de forma indevida e sem controle.Vejo meus alunos cantando músicas, paródias que tem um conteúdo completamente inadequada para a idade dele, pois envolve palavras de baixo calão, pornografia e entre outros.Sempre indago a origem do aprendizado dessas músicas e a resposta quase sempre a mesma “Tia, eu vi na internet”.
                Quero alertar aos pais e educadores sobre os malefícios dessa adultização precoce, devemos sim incentivar os cuidados com o corpo, saúde e higiene, mas não implica em incentivar o uso de maquiagens, saltos ou roupas de adulto.Psicopedagogos nos demonstram que as crianças que não vivem as fases da fantasia, que não tem a imaginação estimulada, tem grandes chances de virem a ser adultos imaturas e durante essa fase vão querer vivenciar tudo aquilo que não teve acesso durante a infância.Além do mais, o risco de se tornarem consumistas e egoístas também são grandes.Portanto, vamos deixar que vivam cada fase e educar com amor e respeito as etapas da vida do ser humano.

domingo, 3 de novembro de 2013

Professor Tradicional x Professor Inovador

Recentemente passei por uma situação delicada envolvendo o tradicionalismo docente em uma instituição de idiomas da minha cidade (Belém-PA), que me fizeram a refletir sobre essa postagem.Não é de hoje que estudo sobre essa temática mas vivenciar tal prática, ainda mais para quem atua na educação que nem eu, foi algo que me deixou decepcionada.Sou recém formada e tenho muito o que aprender mas já luto por não seguir os passos de certos docentes que passaram e ainda estão em minha vida acadêmica.O ponto que ocorreu e que me levaram a escrever foram por duas redações que este docente passou, uma foi solicitando um artigo de opinião,resolvi escrever sobre a educação bilíngue, especificamente sobre a importância do estudo de um segundo idioma ainda quando criança.A outra redação foi sobre um filme, e optei por relatar e analisar pedagogicamente a história de um garoto com dislexia.

Quando o docente devolveu as redações, me chamou para conversar e havia escrito que ambas foram retiradas da internet, fiquei bastante irritada no momento, e disse para ele, que antes de julgar se eu tinha ou não tal conhecimento sobre essas temáticas, que viesse a ter um conhecimento prévio da minha vida, fator esse que é FUNDAMENTAL para quem quer quebrar os paradigmas da educação tradicional.Como citei antes, eu não sei tudo, e estou longe de saber mas escrevi as redações, baseada em literaturas,aulas e vivências,e o professor não sabe mas sou estudante de especialização em educação inclusiva, por isso optei por falar do filme "Como estrelas na terra", que é excelente para trabalhar com a temática da família, escola e inclusão,  além disso sou professora de inglês e trabalho, já fazem 3 anos, na área de educação bilíngue, e inclusive meu TCC foi voltado nessa área.Agora imaginem, se tal docente fala isso para uma criança ou adolescente, quantos sonhos seriam destruídos, quanta frustração seria gerada por justamente achar que o aluno não é capaz, atitude típica de um professor tradicional.Assim vai sendo construídos alunos que só memorizam, repetem e não criando uma educação problematizadora como Paulo Freire nos remete em seu livro "Pedagogia da Autonomia".

Vamos parar um pouco para refletir, o quão interessante seria abrir uma roda de conversar e os discentes viessem a dialogar sobre essas redações, e o professor visualizasse e viesse notar se o aluno teria de fato tal conhecimento, através de indagações e socialização da temática escrita.Mas para o professor tradicional, é só passar a redação e taxar o aluno como "capaz ou não". Tudo isso me levou a refletir o quão é importante minha profissão, sou mediadora na formação das crianças, e luto em prol de uma pedagogia inovadora, diferente desse curso de idiomas que estudo, aonde o marketing é mais importante, aonde na hora de vir chamar mais alunos, até faz promoções de levar um amigo, para obter maior quantidade e esquecem da qualidade.Sinceramente, não quero meus amigos, alunos e familiares fazendo parte de um local reprodutor do sistema tradicional, e também não quero reproduzir tais práticas em sala de aula, a luta não é fácil mas não vou desistir. Um excelente domingo leitores.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

15 DE OUTUBRO>>> DIA OFICIAL DO PROFESSOR NO BRASIL

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http://dani-alfabetizacaodivertida.blogspot.com.br/2011/10/15-de-outubro-dia-do-professor.html

15 DE OUTUBRO>>> DIA OFICIAL DO PROFESSOR NO BRASIL



Não começaremos esta postagem falando sobre como surgiu a profissão Professor no nosso pais, para isso pedimos que quem quiser saber alguns detalhes pode acessas o link do Ministério da Educação e Cultura (http://sejaumprofessor.mec.gov.br/internas.php?area=curiosidades&id=comoSurgiu). Abriremos esta postagem primeiramente agradecendo à todos que nos felicitaram pelo nosso facebook, assim como também agradecemos aqueles que nós felicitaram através de outros meios de comunicações. Lembremos que hoje é um dia oficialmente comemorado pela nossa categoria profissional,  e ainda que muitos colegas docentes sintam-se desconfortáveis com nossas condições de trabalho e ate salarial, vamos ressaltar que a maioria das profissões tem suas dificuldades e tem por direito lutar, reivindicar suas melhorias, mas também tem seus prazeres!  Lembremos, queridos colegas de profissão, como é bom  aprender e compartilhar o nosso conhecimento em uma sala de aula ou ate mesmo em uma simples explicação ou conversa no corredor da escola, lembremos o quanto é bom escutarmos de um aluno ou de seu responsável que contribuímos para aprendizado de nosso discente, lembremos mais ainda das cartinhas  ou elogios que recebemos nos agradecendo quando nos tornamos o professor ou a professora  “mais legal da escola”. Lembram disso??? Acreditamos que sim.  Então antes de  fecharmos este dia lembrado por todos com muita dificuldade de nossa categoria, pensem nos nossos prazeres e nas nossas alegrias de ministrar aulas, e acreditem que as reivindicações atuais trarão sim mais alegrias para a nossa profissão e consequentemente uma melhoria para o setor educacional  do nosso pais.

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Vamos lá! Ainda comemorando o nosso dia e falando um pouco mais das nossas experiências docentes>>>> “Feliz” dia dos professores!!!  Passei grande parte do dia recebendo mensagens que me felicitavam por minha profissão. Resolvi analisar o quão nesses tempos atuais é difícil seguir com a carreira docente. Em tempos de greves, será que realmente nossa categoria se encontra “feliz”? Percebemos a desvalorização de autoridades, alunos, familiares, etc. A frustração dos professores é resultado de uma escola caótica aonde nos deparemos com a violência, salários baixos, falta de infraestrutura, entre outros fatores. 

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Mas voltemos às greves, enquanto pensamos na violência no âmbito escolar, durante as manifestações, notamos os policiais, que também através da violência, tentam intimidar os professores que vão para as ruas lutar por de fato uma educação digna.

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Outro fator interessante aconteceu em uma entrevista, um aluno afirmou que tal paralisação era abusiva por conta do ENEM que estava próximo, o mais interessante que nesse mesmo período, havia outras categorias em greve, como por exemplo, os bancários, e não vimos alguma manifestação, comentários, ou qualquer meio de manifestação que viesse a dizer que também era abusiva. Contraditório é ouvir um aluno reclamar sob a greve, mas está em uma escola que não tem recursos didáticos para auxiliar na sala de aula, um local aonde não tenha uma merenda de qualidade, aonde o quadro docente não é completo, entre outros.

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Com esse tipo de pensamento, de fato até lutar pela educação fica difícil e desestimulante, mas não devemos deixar que nos falte esperança, porque ainda sim podemos contribuir para criar e recriar a nossa educação. “Feliz” dia do professor? Sim, porque eu sei que minha profissão contribui para a construção do desenvolvimento do ser humano, não abordo apenas o cognitivo, mas do social, profissional, dentre outros.
Por isso e por tudo falemos:

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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

O Mito da Alma Gêmea, ou Andrógynos



O Mito da Alma Gêmea explicado por Platão, em O Banquete. 
Para quem não conhece este mito, fizemos uma pequena história  para apresentar uma de suas versões. Esperamos que gostem...



MITO DA ALMA GÊMEA, ou MITO DOS ANDRÓGYNOS (POR PLATÃO)

       


Dizem que há muito tempo atrás, na época da História Antiga enquanto a terra ainda era governada por deuses, os humanos possuíam forma física diferente da atualidade. Eles eram chamados de Andrógynos (Andros= homem, Gynos= mulher) possuíam duas cabeças, quatro pernas e quatro mãos, em outras palavras, eram completos.


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Os humanos se sentiam tão completos e invencíveis que acreditaram que poderiam lutar contra os deuses, resolveram então subir ate o templo dos deuses. Quando Zeus (o Deus mais poderoso do olimpo) soube do ataque, atirou seus raios sobre toda a humanidade, dividindo cada um ao meio, e cada metade ao cair sobre a terra, perdeu-se de seu par.



 http://zephar.galeon.com/zeus.html


 
 http://gabrielmachado.wordpress.com









Desde então os seres humanos, além de irem em busca de sabedoria, trabalho, conhecimento, partem também na busca pela sua "Alma Gêmea", isto é, a pessoa que trará de volta, não somente, suas duas pernas, seus dois braços, sua outra cabeça mas, principalmente, a outra parte do seu coração.


http://www.festas.colorir.com/


Assim, acredita-se que quando encontramos nossa "Alma Gêmea" nos sentimos novamente completos, voltamos a ser Andrógynos.


http://www.barbie.blog.br

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Educação Especial e Inclusão Escolar: Para quem? Para que?

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Para tentarmos compreender um pouco sobre os discursos da Inclusão Escolar, ou mesmo a Educação Especial, estamos postando aqui uma pequena pesquisa feita sobre este assunto. Espero que gostem e comentem, mas se não gostarem podem comentar também.


Educação Especial e Inclusão Escolar: Para quem? Para que?

Atualmente muito se ouve falar sobre os termos Educação Especial e Inclusão, termo este que em sua maioria o associamos a imagem das escolas. É bom ressaltarmos que estas expressões não começaram a gerar discussões somente no século XXI, ou final do século passado. Na verdade existem estudiosos que apontam que a discussão que gira em torno destes dois termos aparece desde o século XVI.
 Segundo, estudos da psicóloga e especialista na área de educação especial, Enicéia Mendes (2006), durante o século XVI, e com os avanços da medicina, muitos estudiosos da área da saúde acreditavam que os deficientes- físicos, visuais, auditivos, mentais, dentre outros- poderiam ser “curados” se se submetessem a tratamentos especializados juntamente com os seus semelhantes. Em vista disso, criaram-se asilos e manicômios, tudo para atender, tratar e proteger os, ate então, “anormais” da sociedade.
Com os anos se passando, mais estudos sendo realizados, a área da saúde adotando outros mecanismos de avaliação e tratamento dos “anormais”, e o interesse de pesquisadores da área da educação, foram sendo criados institutos especializados para a formação dos deficientes. Esta ideia de formação dos deficientes se propaga mais rapidamente, após as duas grandes guerras mundiais e a influencia dos Estados Unidos em inserir seus Portadores de Necessidades Especiais (PNE) em ambientes escolares com sistema de ensino regular.
No Brasil, ainda é comum pensarmos que a Educação Especial deve ser apenas para sujeitos que possuem algum tipo de deficiência, ou mesmo que inclusão escolar é apenas inserir os portadores de necessidades especiais em uma escola regular, e ainda, somente fazer adaptações estruturais ou pedagógicas nas instituições escolares quando nestas são incorporados os PNE´s.
Então, para quem é direcionado a Educação Especial? Para que se falar em Inclusão Escolar? Estas são perguntas cujas respostas, na visão de estudiosos e especialistas da área de educação e da saúde, são simples: Os PNE´s possuem limitações e superações como qualquer outro sujeito dito “normal”, então a Educação Especial é para todos os alunos e cidadãos que queiram alcançar sua formação. Assim sendo, falar de Inclusão Escolar é falar que todos os envolvidos na educação- no caso, os diretores, professores, alunos, serventes e todos os demais do setor educacional- tem direitos, deveres e privilégios com relação ao sistema educacional.
De acordo com, o fonoaudiólogo, Carlos Skliar (1997) criou-se três concepções com relação aos sujeitos que compõem a Educação Especial:

“[..] ou se tem falado de especial porque se parte do princípio de que os sujeitos educativos- especiais, no sentido de deficientes- impõem uma restrição, um corte particular da educação, ou se tem falado de especial referindo-se ao fato de que as instituições escolares são particulares quanto a sua ideologia e arquitetura educativas- portanto, diferentes da educação geral-, ou, finalmente, tem-se falado de especial como sinônimo de educação menor, irrelevante e incompleta no duplo sentido possível, isto é, fazendo menção ao caráter menor e especial tanto do sujeito como das instituições.” (SKLIAR, 1997, P.10).
               
                Após a leitura do texto acima, que é de acordo com as concepções apontadas por Skliar, criou-se, há muito tempo, um padrão social homogêneo, ou mesmo nas próprias palavras do autor, um modelo econômico- político concêntrico, isto é, tal modelo não tolera a heterogeneidade social, não admite o “diferente” ou o “anormal”. Como podemos observar nas palavras do autor:

“Fica claro que a pretensão de definir os sujeitos com alguma deficiência como pessoas incompletas faz parte de uma concepção etnocêntrica do homem e da humanidade. [...] Então a homogeneidade humana é notícia, e a diversidade, inclusive a população especial, aparece sob forma de um assassinato, sob o rosto de uma pobreza que se sugere voluntária, da violação, etc.” (SKLIAR,1997,P.12).


            Assim sendo, se um indivíduo foge do padrão social idealizado, logo, para as concepções de muitos indivíduos ditos “normais”, este indivíduo possui uma diferença, vista como um fator negativo, que o limita socialmente. Pois para cada individuo “anormal” é fornecido à ele um rótulo, e este rótulo e estas concepções, mencionadas por Skliar, que acabam por excluir os indivíduos deficientes do convívio social e não suas limitações ou deficiências, como se é pensado. Partilhando desta mesma concepção, a especialista em educação especial, doutora Rita Magalhães declara:

“[...] é comum que não saibamos como lidar em situações sócias corriqueiras com pessoas que apresentem deficiências físicas ou mentais. Os receios e desconfianças estão impregnados em nosso imaginário e nascem no vácuo da ausência de informação sobre as diferenças e interação social com estas pessoas.” [..] “ O status social de deficiente faz recair sobre o indivíduo um olhar pejorativo que enfatiza suas dificuldades em detrimento de suas possibilidades de desenvolvimento e aprendizagem.” (MAGALHÃES,2002,P.22).

            Logo percebemos que tanto para Magalhães quanto para Skliar não há nenhuma relação entre deficiência e limites sociais, pois estes são impostos aos sujeitos “anormais” porque ainda temos a concepção que tais sujeitos são limitados, ou até mesmo pensamos que eles são incapazes de se desenvolverem nos aspectos físicos, mentais, sociais, intelectuais, dentre outros. Então adotar um modelo de educação especial  nas escolares regulares é traçar um caminho para a garantia de direitos e privilégios para todos os alunos e cidadãos, que almejam sua formação escolar, é, consequentemente, realizar a inclusão escolar de alunos dos “cantos” da Educação de Jovens e Adultos (EJA), da Educação Indígena, dentre outras denominações, isto é, a Educação Especial e a Inclusão Escolar é o rompimento de pensamentos de divisões ou subdivisões dentro do setor educacional. É a mudança de pensamentos e concepções adotadas durante a história de que os estudantes “normais” e integrantes das escolas regulares não precisam de atenção especial e qualidade educacional, também é a quebra de concepções de que basta inserir um aluno deficiente e instalar vias estruturas de acessibilidade nas escolas regulares que já esta realizada a inclusão escolar. Como podemos perceber nas palavras da doutora Rossana Ramos:

“Sabemos que a escola no Brasil já esta convencida, mesmo que por força da lei, de que deve receber crianças com deficiência. Contudo, ainda se praticam ações que não condizem com a verdadeira inclusão. A luta ainda esta longe de ser vencida. Isso porque a escola matriculou os deficientes, mas ainda tem dificuldade de lidar com as diferenças.” ( RAMOS,2010. P. 11).


            A afirmação de Rossana Ramos esta nítida, assim como as demais opiniões dos autores citados, isto é, percebemos que a discussão sobre quais os sujeitos que compõem a educação especial e como se deve a inclusão destes nas escolas regulares esta passando por um processo de alterações no conceito formador, ou seja, as ideias de que a educação especial e a inclusão social esta apenas para garantir a qualidade de escolarização apenas para os portadores de necessidades especiais esta equivocada, pois a sociedade não é homogênea e sim heterogênea porque nela existem pessoas com suas peculiaridades, especificidades, singularidades, especialidades e individualidades independentes de seus limites e deficiências.  Nas palavras de Enicéia Mendes:

“[...], o futuro da inclusão escolar em nosso país dependerá de um esforço coletivo, que obrigará a uma revisão na postura de pesquisadores, políticos, prestadores de serviços, familiares e indivíduos com necessidades educacionais especiais, para trabalhar numa meta comum, que seria de garantir uma educação de melhor qualidade para todos.” (MENDES, 2006, P.402).

            Conforme a citação acima, conclui-se que a Educação Especial é para todos! A Inclusão Escolar é para aqueles que estão rotulados como excluídos – tanto os alunos da EJA, quanto os alunos indígenas, os deficientes, dentre outros. Podemos entender que todos os sujeitos - estudantes tem suas singularidades que não são maiores, menores ou iguais, mas sim particulares e que por isso precisam de atenção e tratamento especial, não devendo excluir ou trabalhar sua escolarização separadamente, mas sim de forma integrada par o desenvolvimento conjunto. Então falar de educação especial é falar de inclusão escolar e social.

domingo, 8 de setembro de 2013

O papel dos educadores na aprendizagem de pessoas cegas ou com baixa visão

 

Será que os educadores estão aptos a incluir os alunos cegos ou com baixa visão? Cabe aos educadores adaptarem os recursos didáticos e assim como as metodologias no ensino desses discentes, pois não é por apresentarem deficiência visual que todos os indivíduos apresentam as mesmas características e dificuldades, ou seja, o aluno tem suas particularidades que devem ser respeitadas e consequentemente, este sujeito, deve ser estimulado adequadamente, visando o pleno desenvolvimento.

Um dos pontos apontados pelo autor Warren (1994) é a dificuldade que estas pessoas na formação de conceitos e que ocorrem em muitos casos, por não estarem imersos em uma formação educacional adequada, pois, notou-se que a linguagem oral, sendo que, o tátil que poderia ser uma maneira de trazer experiências sobre os conceitos, porém não é trabalhado devido uma lacuna no currículo durante a formação dos docentes dos alunos cegos.

No Brasil, a legislação ampara os deficientes a terem acesso adaptado a a educação dentro das escolas.Entretanto, a realidade é que uma lacuna na formação profissional dos indivíduos atuantes na sala de aula, e também, não podemos deixar de citar o preconceito por parte de alguns.Sendo desta maneira, o desenvolvimento das pessoas cegas ou com baixa visão fica prejudicado.Esta realidade precisa ser mudada , pois esses sujeitos, são capazes de ter um desenvolvimento cognitivo assim como dos alunos ditos "normais, e é papel do professor em mediar o ambiente de aprendizagem de maneira adaptada e adequada para a formação dos conceitos para os cegos ou indivíduos com baixa visão.



domingo, 25 de agosto de 2013

UNIFICAÇÃO ALEMÃ NA HISTÓRIA


Com tantas dúvidas a respeito desse assunto, buscamos aqui tentar esclarecer como entendemos o processo da Unificação Alemã. Primeiramente começaremos tentando esclarecer a utilização do nomes Prússia e Alemanha, que por diversão vezes são trocados durante a explicação de alguns professores.


Bandeira da Alemanha
Bandeira da Prússia
UNIFICAÇÃO DA ALEMANHA

Prússia é o atual nome do país da Alemanha, antes chamado de Reino Prussiano. Em 1819, Frederico Guilherme III, rei da Prússia, quis expandir seu território visando uma maior e melhor economia para seu reino. Com isso apresentou publicamente a ideia da Unificação dos ducados prussianos, isto é, a Unificação Alemã. Assim, os Estados que tinham cultura, religião e idioma germânico seriam integrados a um só Estado, ou seja, à Alemanha. Essa unificação mudaria o sistema politico de feudal para capitalista e também ampliaria os domínios do Rei Prussiano sobre os demais Estados, porém esta mesma unificação tiraria os domínios do Imperador austríaco, Francisco I, e ia contra o acordo assinado pelos dois reinos (Prussiano e Austríaco) no Congresso de Viena (em 1815). No ano de 1834 o rei prussiano cria a União Aduaneira chamada de Zollverein  (pronuncia-se Tsolferáin), esta servia tipo como um “bloco econômico” para aquele século, isto é, servia como criação de uma única taxa alfandegária concedida apenas aos Estados unificados ao reino prussianos, o que excluía e limitava o poder do rei austríaco.

Guilherme I, da Alemanha
Otton von Bismarck


Em 1840 o rei da Prússia morre, e seu herdeiro Frederico Guilherme IV torna-se Rei e continua o processo de unificação alemã. Porém foi no inicio de 1862, quando Guilherme I  tornou-se rei da Alemanha e nomeou como Chanceller ( nome dado ao primeiro ministro) o diplomata Otton von Bismarck , foi  que o processo de unificação se concretizou. Bismarck “ficou conhecido na Historia como “Napoleão Germânico”, ou melhor, “Chanceller de ferro”, pois acreditava que a unificação alemã, tão desejada durante anos, apenas seria conquistada a base de estratégias militares. E com este pensamento sugiram três principais guerras:

1ª) Guerra dos Ducados ( Dinamarca X Alemanha): 
                     
Em 1864, mesmo contraria a concretização da Unificação da Alemanha, o reino austríaco apoia os alemães na guerra contra a Dinamarca. O objetivo era conquistar os territórios de Holstein (cuja maioria da população seria descendentes germânicos) e o de Schleswing, estes ducados ate então estavam sob os domínios do reino dinamarquês.  Alemanha e Áustria ganham a guerra e conquistam os territórios, porém há um problema: Francisco José I, imperador da Áustria exige ficar com o território de Holstein, o que causa um descontentamento aos germânicos. Resultando em uma guerra entre os dois países no ano de 1866.

Francisco José I, da Áustria




2ª) Guerra das sete semanas ou Austro-Prussiana (Áustria X Alemanha)

Em 1866, com o apoio da Itália ( país que também estava em processo de unificação), inicia a guerra entre os reinos austríaco e alemão. O objetivo era que a Alemanha reconquistasse o território do ducado de Holstein, que foi conquistado pelos germânicos e austríacos na guerra contra  o reino dinamarquês, porém, como exigência de participação em batalha, o imperador da Áustria exigiu o território de Holstein confrontando o imperador Guilherme I, da Alemanha e seu Chanceller, Otton von Bismarck. Quando a guerra acabou os prussianos e italianos saíram vitoriosos. A Prússia além de reconquistar o ducado de Holstein, ainda anexou territórios pertencentes ao norte da Áustria, os austríacos também perderam grande influencia sobre domínios de outros países, o que aumentou a influencia da expansão do território germânico e concretizou unificação do reino alemão. A Itália, nesta mesma época, conquistou Veneza.  Próximo passo do Império Alemão: conquistar o território de Alsácia- Lorena ( que estava sob o domínio da França).

Napoleão III, da França


3ª) Guerra Franco-Prussiana ( França X Alemanha, com Itália aliada): 


 Após terem vencido a Guerra das sete semanas, os prussianos almejam conquistar o território de Alsácia- Lorena, porem ele estava sob domínio francês, logo ao saber da intenções da Prússia, o Imperador francês, Napoleão III (sobrinho de Napoleão Bonaparte) declara guerra aos exercito da Prússia, no inicio de julho de 1870. Objetivo da França era não deixar os prussianos dominarem o território almejado, mas também de limitar e, se possível, terminar com a influencia e liderança que o reino prussiano estava conquistando na Europa. Entretanto o  exercito prussiano era bem maior e bem mais estratégico que o exercito francês, tanto que em setembro de 1870, na batalha que ficou conhecida como Batalha de Sedan, as tropas francesa se renderam e Napoleão III foi capturado. Em 1871 é assinado o Tratado de Frakfurt, ou seja, um acordo de paz entre França e Alemanha, os franceses entregam o território de Alsácia-Lorena aos franceses e ainda são obrigados a pagar uma indenização aos vitoriosos. Assim a Unificação da Alemanha concretizou-se ao restante da Europa. 


Mapa de Alsácia-Lorena (http://xaviercasals.files.wordpress.com/2013/03/alsacialorena.jpg)


Com tantas vitorias do exercito prussiano ( aliado ao italiano),  a Alemanha engrandece territorialmente e economicamente na Europa, seus domínios e confiança politica expandem-se também, logo novos objetivos germânicos são pensados, um exemplo disso é o envolvimento da Alemanha no processo de Neocolonização dos Continentes da África e Ásia. O que gerou intrigas com a grande potencia britânica (Inglaterra). Em 1884, no continente africano, a Alemanha conquistou Camerun (atual Republica dos Camarões) e África do Sudoeste; em 1885 conquistou Congo e África Oriental(atual Tanzânia), dentre outras. Porém perdeu todas as suas colônia após sua derrota na 1ª Guerra Mundial.

Assim, terminamos por enquanto, de narrar este acontecimento histórico. Lembrando que as datas históricas são imprecisas em livros e blogs, então  vamos ficar espertos. Se aguem tiver alguma duvida, ou quiser comentar, corrigir dados, fique a vontade. E podem sugerir assuntos. 

Dica de livro sobre Inclusão Escolar

Ola pessoal! Uma dica de livro para quem ta começando a se interessar, e também para quem já esta intimo com o assunto Inclusão escolar, é este livro da professora e Drª.: Rossana Ramos, chamado Inclusão na prática: estratégias eficazes para a educação inclusiva . Este livro trata sobre a experiencia dela em formar uma escola para todos, o que ela procurou fazer para aproximar a crianças e adolescentes rotulados "especiais" dos outros alunos rotulados "normais", fala também sobre a importância da família em se conscientizar que seus filhos "especiais" são especiais como todos os outros alunos em uma escola, através da experiência narrada pela professora, o leitor vai tomando consciência de que em uma escola todos os alunos tem seu tempo de aprender e sua maneira de obter a atenção necessária, não os diferenciando se são "normais" ou "especiais". A autora quebra esta ideia de que "ah, mas é impossível de termos todo tipo de aluno com suas necessidades especiais dentro de uma escola sem estrutura", Ramos nos permite pensar que podemos sim aproximar o conviveu social e escolar com todos e sem preconceito. Logicamente que ela conta umas e outras dificuldades que teve, muitas vezes devido ao preconceito dos pais de alunos "normais" e dos "especiais", mas conforme e a autora vai narrando suas experiência nos faz perceber como o preconceito e pensamentos negativos que a própria sociedade cria, são possíveis de serem discutidos, pensados, questionados e por muitas vezes explicados e solucionados. Parece sim um pensamento "mágico", e sim é. Quem lê, quem já é intimo do assunto de Inclusão percebe o que eu digo. Então recomendo este livro, que foi o primeiro que li sobre este assunto, mas também quem quiser ler outros eu me indicar outras obras, ou artigos, enfim, sobre o assunto Inclusão, pode comentar, postar que vou procurar sim para depois postar aqui. Mas uma vez, não estou fazendo propaganda de livro, apenas indicando uma boa leitura para interessados em Inclusão escolar.


Uma dica de livro para entender um pouco sobre a importância da História da África com o Brasil


Oi pessoal! Quem gosta de História e esta interessado em entender de uma maneira simples e emocionante, o livro , dos professores Elisabete Melo e Luciano Braga, chamado História da África e Afro-Brasileira é muito bom, de uma linguagem simples e quando lemos não sentimos aquela narração histórica cronológica, ele é um livro de bolso mas carregado de informações que não saem de nossas mentes, os professores encarregaram-se de colocar neste livro autores que nos dias de hoje estão em esquecimento, colocaram curiosidades de escultures, pintores, dentre outros artistas negros que contribuíram para a cultura e história brasileira. E a bibliografia referida é carregada de links, e obras que, para quem é amante de história e ate para quem não é, se prende e corre atras para saber mais. Não to fazendo propaganda do livro, apenas ele me chamou muita atenção justamente porque fala sobre a história da África (influencia no Brasil) de uma maneira não cronologia e seus autores não são historiadores!!! E a narrativa ficou linda, fascinante, e, o melhor, simples. 

sábado, 24 de agosto de 2013

Esclarecimentos

olá pessoal! Somos um grupo de amigos, graduados na área de educação ( História, Filosofia, Pedagogia, Língua Portuguesa, Literatura, dentre outras) que estaremos iniciando postagens de assuntos relacionados às nossas graduações mas também estaremos postando curiosidades, pensamentos dentre outras vontades da equipe. Quem quiser comentar, criticar ou sugerir assuntos para nossas postagens sinta-se a vontade, mas sem criticas ou palavras ofensivas por favor! 
Logo logo estaremos postando nossas pesquisas aqui. Aguardem!