Olá caro leitores, hoje resolvi escrever sobre um fato presente na vida do profissional de pedagogia nas escolas, que é a desvalorização da nossa profissão.Essa semana fui em uma entrevista de emprego aqui da minha cidade(Belém) e durante a entrevista me perguntaram meu estado civil, se eu tinha filhos, até aí tudo bem,entretanto, chegou em um momento que fui indagada sobre minha convivência com criança, se eu não cuidava de alguma fora do contexto escolar,tal como de algum vizinho, primo, etc.Respondi que não, ela insistentemente: "Como não? Sempre tem alguma criança perto da gente para cuidarmos".
Comecei a ficar irritada com o rumo que a entrevista estava chegando e percebi que ela estava desaprovando minha realidade. Não bastando tudo isso, ela me perguntou, se eu não queria casar e ter filhos? Respondi que não no momento,pois tinha outras prioridades para serem concretizadas, e mais uma vez vi a entrevistadora se indignar comigo. E no ápice desse momento, fui perguntada como eu encarava trocar fraldas. Nesse momento tive vontade de perguntar: "A senhora está procurando uma babá ou uma professora de educação infantil?"
Aí você pensa...Passei 4 anos em uma faculdade, tenho uma especialização, e em uma entrevista me perguntam sobre tópicos que não condizem com minha profissão.
Infelizmente, na educação infantil, não só da minha cidade, mas no país inteiro, nós vamos nos enfrentar com essa realidade, a educação infantil que deveria ser uma etapa fundamental na vida de uma criança, se torna uma extensão da casa, aonde a professora, vira a mãe, a babá.
Alguém pode vir me questionar: "Ahhh Tayssa.Você está se achando importante demais e não quer trocar nenhuma fralda, queres deixar a criança ali suja?" E eu respondo.NÃO...Eu tenho noção que isso faz parte da higiene da criança mas isso não compete na minha área, para isso podem e devem pagar uma pessoa que venha amparar o cuidado com a higiene dos alunos que no caso, não seria uma estudante ou uma profissional já formada.
Nós estudamos e muito para poder vir contribuir não só com conteúdos mas também com formação de valores de cada indivíduo que nós são confiados, portanto, eu não sou a "babá", as brincadeiras escolhidas, tem toda uma explicação e foi planejada, objetivando atingir algo e não é algo aleatório.
VAMOS RESPEITAR OS PEDAGOGOS,NÃO É MESMO?